Representantes de 20 estados e delegações de mais de 40 países marcharam na capital federal para exigir justiça climática, respeito às comunidades tradicionais e políticas públicas para a pesca artesanal
Por: Henrique Cavalheiro
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Foto: Henrique Cavalheiro |
“A marcha é o ponto principal, sem menosprezar os outros momentos do evento. Com a internacionalização dos países que estiveram aqui, reivindicamos juntos as nossas pautas: retirada de direitos, mudanças climáticas, documentação e a falta de assistência de um governo que nos ignora”, afirmou Nilmar Conceição, da coordenação nacional do MPP.
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Foto: Henrique Cavalheiro |
Rita alertou para as graves ameaças que as mulheres pescadoras enfrentam, como a poluição dos rios e a instalação de torres eólicas no mar. “Nós perdemos nossos direitos de ir e vir. Não somos contra o desenvolvimento, mas sim contra o modelo de desenvolvimento que chega às nossas comunidades para destruir nossos territórios”, destacou. Para ela, o grito é uma oportunidade de exigir políticas públicas que respeitem as comunidades pesqueiras e garantam condições dignas para todos os pescadores e pescadoras artesanais.
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Foto: Ricardo Jataum |
Nego da Pesca também ressaltou a importância de reconhecer o papel fundamental dos pescadores e pescadoras na segurança alimentar do país. “Essa marcha foi para dar um recado claro aos ministros e ao Presidente da República: respeitem os pescadores e pescadoras que garantem uma alimentação de qualidade na mesa da população brasileira. Precisamos ser reconhecidos como merecemos e respeitados como precisamos ser”, concluiu.
Solidariedade Internacional Reforça a Luta Global da Pesca Artesanal
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Foto: Henrique Cavalheiro |
Ela destacou a solidariedade internacional como um pilar essencial na luta pelas comunidades tradicionais. “Estamos aqui para apoiar os pescadores artesanais do Brasil e também em solidariedade ao povo da Palestina, Palestina Livre”, concluiu, reforçando o caráter global das reivindicações levadas às ruas de Brasília.
O 13º Grito da Pesca Artesanal segue até esta sexta-feira (22) em Brasília, com debates sobre os principais desafios enfrentados pelas comunidades pesqueiras e a construção de propostas para garantir justiça climática, soberania alimentar e direitos territoriais.
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Foto: Henrique Cavalheiro |
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