segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Seminário nacional reafirma a importância em defender o território das comunidades pesqueiras

Por assessoria de comunicação do CPP Nacional 

Fala da pescadora Marizelha Lopes
“Se eu morrer amanhã no meu território pesqueiro, meu doutor, já estarei pertinho do céu”, a fala do pescador artesanal de Alagoas, Antônio Gomes dos Santos, traduz o foco do IV Seminário de Pesca Artesanal e Sustentabilidade Socioambiental: territórios pesqueiros, realizado entre os dias 26 e 28 de novembro, no Recife. O momento proporcionou debates e reflexões acerca do território das comunidades pesqueiras e consolidou a urgência em garantir o direito desses grupos e incentivar suas resistências.  

Pescadores e pescadoras artesanais de todo Brasil participaram do congresso junto com gestores públicos, agentes não governamentais e pesquisadores de instituições nacionais e internacionais. As temáticas e discussões envolveram diversos campos relacionados ao mundo da pesca artesanal; foram abordados os conflitos enfrentados pelas comunidades tradicionais pesqueiras com o avanço dos grandes projetos que negam seus direitos, a realidade da
pesca para as mulheres e os direitos territoriais das comunidades tradicionais pesqueiras.

Os dias de debate também reafirmaram quais as reais ameaças à sustentabilidade do meio ambiente e a produção da pesca artesanal: "A fala dos empresários e do governo nega a pesca artesanal. Mas na verdade, nós, pescadores e pescadoras artesanais, temos muito pescado ainda, e pescado de qualidade. Contribuímos para a conservação do meio onde estamos inseridos. O que se deve fazer é evitar o avanço desses grandes empresários que poluem as águas, responsabilizar quem realmente ameaça o estoque da pesca artesanal: a politica desenvolvimentista”, discursou a pescadora artesanal da Bahia, Marizelha Lopes. 

IV Seminário de Pesca Artesanal e Sustentabilidade Socioambiental: territórios pesqueiros

O evento foi uma iniciativa da Fundação Joaquim Nabuco por meio da Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia (CGEA), e contou com a parceria do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP).  

Nenhum comentário:

Postar um comentário