segunda-feira, 22 de julho de 2013

Com bicicleta à vela, pai e filho buscam assinaturas para regularização do território pesqueiro

Por Luana Lima - Repórter do Diário do Nordeste

Uma campanha de iniciativa popular busca a regularização do território das comunidades tradicionais pesqueiras de todo o País. Para isso, é preciso conseguir 1% de assinaturas do eleitorado brasileiro. “A luta é para salvar o pouco que ainda nos resta de território pesqueiro. O nosso litoral, rio e mar, está perdendo espaço para mega-projetos dos empresários e do próprio governo”, salienta Martilene Lima, integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP).

Foto: Blog Diário do Nordeste
No Ceará, por exemplo, a coordenadora do movimento cita que o território pesqueiro vem perdendo espaço, sobretudo, para a energia eólica e a carcinicultura. “O mangue está sendo destruído por esses criadouros de camarão”, denuncia. Martilene acrescenta que a água doce do Estado está toda mapeada para ser utilizada pelo agronegócio. “Se não fizermos nada, vamos perder o que ainda nos resta”, alerta.

Solidário à causa, o argentino Esteban Franich, 49, partirá amanhã, às 10h, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, acompanhado do filho, Alberto Franich, 10, em uma bicicleta à vela com destino a Praia do Preá. No trajeto, eles entregarão às comunidades pesqueiras do litoral cearense o abaixo assinado com a minuta do projeto de lei. O argentino, que há 28 anos mora no Ceará, não soube precisar quando chegará ao destino final, mas estima que a viagem seja de quatro dias.

“Essa iniciativa partiu dele, em apoio a nossa campanha. Amanhã estaremos no Dragão do Mar para entregar os abaixo assinados que serão distribuídos nas colônias dos pescadores. É uma iniciativa maravilhosa que ele está fazendo. A luta é de todos”, reforça Martilene Lima.

Esse texto foi retirado do blog Diários do Nordeste. Confira a publicação original clicando aqui.  

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