Campanha pelo Território Pesqueiro mobiliza meio acadêmico em evento nacional no Recife

Tenda montada no campus da UFPE para divulgação da Campanha

Por Mª Arméle Dornelas - Assessora de comunicação / CPP Nacional 

O espaço serviu como ponto de coleta de assinaturas

Durante os dias 24, 25 e 26 de julho, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais de Pernambuco (MPP/PE), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) levaram a Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras para a 65º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento nacional que reuniu acadêmicos de todo Brasil na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no período de 21 a 26 desse mês. O momento foi estratégico para a divulgação da Campanha e para intensificar a coleta de assinaturas do abaixo-assinado que pretende colher o visto de 1% do eleitorado brasileiro. 

Através de uma tenda montada no campus da UFPE, os participantes do SBPC puderam assinar o formulário e conhecer melhor a causa de pescadores e pescadoras

O professor Alfredo Wagner assinou o abaixo-assinado e
participou de roda de diálogo. 

artesanais. O espaço contava com a exibição de documentários sobre temáticas relacionadas aos conflitos enfrentados pelas comunidades tradicionais, suas lutas e resistência. Também ocorreram rodas de diálogos para que os debates fossem aprofundados com a participação de membros do próprio evento, como o professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Alfredo Wagner. 

A ação não se restringiu apenas à tenda; representantes do MPP, do CPP e da Fundaj circularam por todo evento levando a proposta e colhendo assinaturas durante os três dias de participação no congresso. Mais de mil contribuições foram contabilizadas nos abaixo-assinados, além da ampliação da rede de contatos que poderá fortalecer a campanha, como a articulação com veículos de comunicação, diretórios acadêmicos, instituições de ensino, estudantes e professores.

TVU entrevista pescador artesanal 

“Esses dias no SBPC foram muito produtivos, pois pudemos falar sobre a nossa luta para as pessoas. Precisamos garantir nosso território, ameaçado por grandes empreendimentos, e, para isso, é necessário que a população se sensibilize”, comenta o pescador artesanal de Barra de Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco, Ronaldo Santana, em entrevista à TV Universitária, veículo que vem apoiando a divulgação da campanha e também esteve presente no SBPC.


                                 
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Confira entrevista com a secretária executiva do CPP, Maria José Pacheco, cedida ao programa de rádio "Redator comunitário", da UFPE, durante a realização do 65º SBPC: acesse aqui. 

Com bicicleta à vela, pai e filho buscam assinaturas para regularização do território pesqueiro

Por Luana Lima - Repórter do Diário do Nordeste

Uma campanha de iniciativa popular busca a regularização do território das comunidades tradicionais pesqueiras de todo o País. Para isso, é preciso conseguir 1% de assinaturas do eleitorado brasileiro. “A luta é para salvar o pouco que ainda nos resta de território pesqueiro. O nosso litoral, rio e mar, está perdendo espaço para mega-projetos dos empresários e do próprio governo”, salienta Martilene Lima, integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP).

Foto: Blog Diário do Nordeste

No Ceará, por exemplo, a coordenadora do movimento cita que o território pesqueiro vem perdendo espaço, sobretudo, para a energia eólica e a carcinicultura. “O mangue está sendo destruído por esses criadouros de camarão”, denuncia. Martilene acrescenta que a água doce do Estado está toda mapeada para ser utilizada pelo agronegócio. “Se não fizermos nada, vamos perder o que ainda nos resta”, alerta.

Solidário à causa, o argentino Esteban Franich, 49, partirá amanhã, às 10h, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, acompanhado do filho, Alberto Franich, 10, em uma bicicleta à vela com destino a Praia do Preá. No trajeto, eles entregarão às comunidades pesqueiras do litoral cearense o abaixo assinado com a minuta do projeto de lei. O argentino, que há 28 anos mora no Ceará, não soube precisar quando chegará ao destino final, mas estima que a viagem seja de quatro dias.

“Essa iniciativa partiu dele, em apoio a nossa campanha. Amanhã estaremos no Dragão do Mar para entregar os abaixo assinados que serão distribuídos nas colônias dos pescadores. É uma iniciativa maravilhosa que ele está fazendo. A luta é de todos”, reforça Martilene Lima.

Esse texto foi retirado do blog Diários do Nordeste. Confira a publicação original clicando aqui.  

MPP participa do Dia Nacional de Lutas na Bahia

Por equipe do MPP Bahia

Ontem, 11 de julho, o Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) participou do Dia Nacional de Lutas, organizado por diversas organizações e movimentos sociais na Bahia. Durante a manhã, o grupo integrou a caminhada pela democratização da comunicação em frente às emissoras de televisão Globo, Band e Record, no bairro da Federação. No período da tarde, pescadores e pescadoras saíram em marcha do Bairro de Campo Grande até a Praça Municipal. O movimento denunciava o descaso do governo estadual e federal em relação às comunidades pesqueiras. 

Dentre os protestos, o MPP ecoou forte repúdio à política de privatização das águas que vem sendo desenvolvida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. Também denunciou o descaso e morosidade com relação aos processos de regularização fundiária dos territórios quilombolas, especialmente o território da comunidade Quilombola Rio dos Macacos, vítima de violência histórica praticada pela Marinha de Guerra do Brasil. Os/as integrantes do MPP aproveitaram a oportunidade para fazer panfletagem sobre a Campanha Nacional pela Regularização dos Territórios das Comunidades Tradicionais Pesqueiras. 

No Rio e No mar: Pescador/a na Luta!

Nos açudes e Barragens: Pescando a Liberdade!

Hidronegocio: Resistir!

Cerca nas Águas: Derrubar!

Movimento de Pescadores da Bahia participa da Romaria da Terra e das Águas ao Bom Jesus da Lapa

Por Mª Arméle Dornelas - Assessora de comunicação / CPP Nacional 

Entre os dias 5 e 7 de julho, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais da Bahia (MPP Bahia) participou da 36º Romaria da Terra e das Águas, em Bom Jesus da Lapa, interior do estado. Na ocasião, o grupo conciliou o evento à divulgação da Campanha Nacional pelo Território Pesqueiro, propagando e arrecadando assinaturas para o abaixo-assinado que propõe o projeto de lei para a regularização dessas áreas. 

O MPP Bahia contou com o apoio da coordenação da Romaria, a igreja local, do Conselho Pastoral Paroquial (CPP), do Conselho Pastoral da Terra (CPT), da Pastoral da Juventude Rural (PJR) e do movimento CETA. Ao final dos três dias de atividades, foi elaborada a monção de apoio em defesa do território pesqueiro, o que significa o fortalecimento da luta de pescadores e pescadoras artesanais de todo Brasil.  

Confira a monção de apoio à Campanha:

Cartilha: Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre Território Pesqueiro

No intuito de facilitar a compreensão sobre o projeto de lei que visa regularizar o território pesqueiro, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), em parceria ao Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), desenvolveu a cartilha Projeto de lei de iniciativa Popular sobre Território Pesqueiro. O material traz de forma didática o conteúdo do projeto de lei, que está na fase da coleta de assinaturas para que possa ser encaminhado ao congresso nacional. 

Confira a cartilha a seguir: